Caso Djidja: inquérito aponta que ex-sinhazinha era torturada fisicamente pela mãe

  • 03/09/2024
(Foto: Reprodução)
g1 teve acesso a documentos que estavam em sigilo durante investigação. Em depoimento à polícia, funcionária da família contou que Djidja estava fraca e mal conseguia se defender. Djidja, a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão, Ademar Cardoso. Arquivo Pessoal A ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso, encontrada morta em maio deste ano, sofria torturas físicas da própria mãe, a empresária Cleusimar Cardoso, constatou a polícia. O g1 teve acesso ao inquérito do caso, que estava em sigilo de Justiça durante as investigações. Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, respectivamente, estão presos desde o dia 30 de maio. As investigações da polícia apontaram que a família criou o grupo religioso "Pai, Mãe, Vida", que promovia o uso indiscriminado da droga sintética cetamina, de uso humano e veterinário. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp O documento traz novos depoimentos de testemunhas do caso que ganhou repercussão nacional, entre eles o da empegada doméstica que trabalhava na casa da família Cardoso desde 2022. À polícia, a mulher contou que Cleusimar Cardoso tinha um comportamento agressivo e que por muitas vezes machucava Djidja, como por exemplo, "assanhar" os cabelos, beliscá-la e torcer seu braço. "Djidja estava fraca e mal conseguia se defender e inclusive sempre pedia para Cleusimar parar com o comportamento que a machucava", disse. Em um vídeo anexado no inquérito, Djidja aparece com um corte profundo no couro cabeludo. As imagens, no entanto, não deixam claro o que causou o ferimento. Além dos relatos de agressão, a empregada contou que o uso da droga sintética foi se tornando frequente ao longo dos anos, assim como o uso do anabolizante Potenay - preparado químico usado, originalmente, para recuperação física de animais de grande porte. A mulher também relatou que era comum ver Djidja e Ademar pedindo analgésicos por telefone, logo pelo horário da manhã, durante o café. No depoimento, ela revelou que a família tinha um código para pedir as drogas. Quando comprado a droga, era dividida: 20ml para Djidja, 20ml Ademar e 10ml para Cleusimar. A dependência química de Djidja já era conhecimento de outros familiares, que denunciaram o caso à polícia um ano antes da morte da ex-sinhazinha. Conforme o registro, uma familiar contou que a empresária não podia receber visitas e nem sair de casa, pois se encontrava sempre sob efeito da droga. "Ela ficou muito dependente, então ela não vivia mais sem. Várias vezes a gente tentou fazer alguma coisa, nós fizemos BOs. Porém, a mãe e os funcionários proibiram nossa entrada. A gente não podia fazer nada", disse. LEIA MAIS: Caso Djidja: Justiça aceita denuncia contra mãe, irmão, ex-namorado e mais 7 pessoas por tráfico de drogas TCE-AM suspende concursos da Câmara Municipal de Manaus por suspeitas de irregularidades Aposentadoria pelo INSS: veja como calcular valor do benefício e tempo de contribuição Caso Djidja Cardoso: a investigação sobre a morte da jovem que ganhou fama como estrela do Festival de Parintins Morte de Djidja Cardoso Djidja Cardoso, empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido, foi encontrada morta no dia 28 de maio, dentro da própria casa, em Manaus. A principal suspeita é que ela teve uma overdose de cetamina. Ela, o irmão e a mãe já eram investigados há mais de um mês por envolvimento em um grupo religioso que forçava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual. Ampolas da droga foram encontradas na casa em que Djidja morava e em salões de beleza da família. Dois dias após a morte da ex-sinhazinha, a mãe, irmão e outros três funcionários da empresária foram presos pela Polícia Civil pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, e também pelo crime de estupro, em nome de Ademar Farias, irmão de Djidja. No dia 26 de julho, a Justiça do Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra Cleusimar, Ademar e o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto da Silva, por tráfico de drogas, tornando-os réus. Outras sete pessoas também foram denunciadas pelo crime. Por ora, o Ministério Público só denunciou o grupo por tráfico de drogas. No entanto, o órgão ministerial, por meio de outras promotorias de Justiça, pode denunciar os envolvidos por outros crimes, tais como, charlatanismo, curandeirismo, estupro de vulnerável, organização criminosa, dentre outros. Veja abaixo quem são os denunciados pelo MP e os crimes pelos quais devem responder: Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): denunciada por tráfico de drogas e associação para o tráfico - presa; Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico - preso; José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico - preso; Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico - preso; Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico - preso; Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar; Claudiele Santos Silva (maquiadora em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar; Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas - presa; Emicley Araújo Freitas (funcionário da clínica veterinária de José Máximo): denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar. Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja): também denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar. Imagens mostram últimas horas de Djidja Cardoso com vida

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/09/03/caso-djidja-inquerito-aponta-que-ex-sinhazinha-era-torturada-fisicamente-pela-mae.ghtml


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