Cheia dos rios no AM deixa 28 municípios em emergência e afeta mais de 260 mil pessoas

  • 23/05/2025
(Foto: Reprodução)
As nove calhas dos rios amazonenses devem continuar em cheia até, pelo menos, o mês de junho, segundo o Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais. Dezenas de municípios do AM enfrentam cheia acima do normal O número de municípios em situação de emergência no Amazonas devido à cheia dos rios subiu para 28, segundo o Painel de Monitoramento Hidrometeorológico da Defesa Civil do Estado, atualizado nesta sexta-feira (23). Mais de 260 mil pessoas são afetadas diariamente, enfrentando dificuldades de locomoção, perdas na produção rural e inundações em suas casas. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Historicamente, a cheia na região começa na segunda quinzena de outubro, com o fim da seca, que em 2024 registrou níveis recordes no estado. A previsão é que o cenário se mantenha. Segundo o Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, as nove calhas dos rios amazonenses devem permanecer em cheia até, pelo menos, junho. Na última atualização, cinco municípios foram reclassificados do estado de alerta para emergência: Carauari, às margens do Rio Juruá, Fonte Boa, no Rio Solimões, Itapiranga e Urucurituba, banhados pelo Rio Amazonas, e Nova Olinda do Norte, no Rio Madeira. Confira a lista dos 28 municípios que estão em situação de emergência: Humaitá - Rio Madeira Apuí - Rio Madeira Manicoré - Rio Madeira Boca do Acre - Rio Purus Guajará - Rio Juruá Ipixuna - Rio Juruá Novo Aripuanã - Rio Madeira Benjamin Constant - Rio Solimões Borba - Rio Madeira Tonantins - Rio Amazonas Itamarati - Rio Juruá Eirunepé - Rio Juruá Atalaia do Norte - Rio Solimões Careiro - Rio Solimões Santo Antônio do Içá - Rio Solimões Amaturá - Rio Solimões Juruá - Rio Solimões Japurá - Rio Amazonas São Paulo de Olivença - Rio Solimões Jutaí - Rio Jutaí Careiro da Várzea - Rio Solimões Maraã - Rio Japurá Anamã - Rio Amazonas Carauari - Rio Juruá Fonte Boa - Rio Solimões Itapiranga - Rio Amazonas Nova Olinda do Norte - Rio Madeira Urucurituba - Rio Amazonas Além dos municípios em emergência: Três estão em estado de atenção; 29 em alerta; e dois em normalidade. 🌧️ Segundo o meteorologista e pesquisador Leonardo Vergasta, dois fenômenos explicam o aumento no volume dos rios em comparação a 2024: O Inverno Amazônico, que traz chuvas acima da média para a Região Norte e deve durar até o fim de maio. O La Niña, que chegou ao fim em abril, mas deixou consequências. “No início de 2025, tivemos a atuação do La Niña, que resfria as águas do Pacífico Equatorial. Isso aumenta a intensidade das chuvas na região. Como coincidiu com nosso período chuvoso, desde fevereiro, toda a bacia amazônica registrou volumes de chuva acima do normal”, explicou o pesquisador. Cheia já afeta mais de 209 mil pessoas no Amazonas. Alexandro Pereira/Rede Amazônica PREVISÃO: Cheia dos rios no Amazonas não deve superar recorde histórico em Manaus e outros três municípios, aponta SGB Impactos na produção rural O município de Benjamin Constant, localizado na região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, é um dos mais afetados pela cheia dos rios. Desde março, parte da orla da cidade está submersa e muitas casas às margens do Rio Javari, afluente do Solimões, também. Já são quase 21 mil pessoas afetadas diretamente pela cheia do rio nas zonas urbana e rural, o que representa cerca de 45% da população do município. Na zona rural, agricultores perderam praticamente toda a produção. É o caso da agricultora Ana Luzia, que cultiva hortaliças. "Nós 'plantava' couve, repolho, alface, cheiro verde, temos também mandioca plantado, e tudo foi levado pela água. Há dois anos que não alagava e esse ano foi levando tudo", relatou. O maracujá, um dos principais alimentos cultivados no município, também acumula perdas de produção. O excesso de água prejudica o cultivo do maracujá, faz as folhas e o caule secarem e os frutos não se desenvolverem por completo "É um prejuízo que a gente não pode nem calcular, porque se não alagasse, eu ia ficar colhendo dois anos tranquilo, só fazendo o termo de podar", disse o agricultor Juarez Lima. Moradora tem parte da casa invadida pela água do Rio Solimões Alexandro Pereira/Rede Amazônica Pontes de madeira foram construídas para ajudar no deslocamento de moradores em Benjamin Constant Alexandro Pereira/Rede Amazônica

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/05/23/cheia-dos-rios-no-am-deixa-28-municipios-em-emergencia-e-afeta-mais-de-260-mil-pessoas.ghtml


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