Líder de organização criminosa é condenado a 28 anos por tráfico de drogas do AM para outros estados

  • 18/12/2025
(Foto: Reprodução)
Algema SSP SERGIPE SSEP/SE A Justiça do Amazonas condenou a 28 anos de prisão Rubens Carvalho de Almeida, apontado como líder de uma organização criminosa envolvida em tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. A decisão foi proferida na terça-feira (16) pela 2ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus. Além de Rubens, outras seis pessoas acusadas de participação no esquema também foram condenadas a penas que variam de quatro a 13 anos de prisão. Ao todo, sete réus foram condenados na ação penal movida pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Da sentença, cabe recurso. Segundo a decisão judicial, Rubens Carvalho exercia papel de liderança na organização criminosa, responsável pelo transporte de grandes quantidades de drogas, principalmente maconha do tipo skunk, do Amazonas para outros estados do país. Por esse motivo, a magistrada manteve a prisão preventiva do réu e negou o direito de recorrer em liberdade, para garantia da ordem pública. A juíza Rosália Guimarães Sarmento, titular da 2ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas, também determinou a perda, em favor da União, de bens e valores apreendidos durante a investigação. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Veja os vídeos que estão em alta no g1 Operação Véu de Areia A condenação é resultado de investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-AM, em parceria com a Polícia Civil do Amazonas. O trabalho culminou na deflagração da Operação Véu de Areia, em agosto deste ano, quando Rubens Carvalho foi preso. De acordo com o Ministério Público, a organização criminosa utilizava empresas de fachada e pessoas interpostas, conhecidas como “laranjas”, para ocultar e dissimular valores obtidos com o tráfico interestadual de drogas. Condenados e penas Além de Rubens Carvalho de Almeida, condenado a 28 anos de prisão, também foram sentenciados: Ingrid Vital de Almeida, esposa de Rubens, condenada a 13 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ela poderá recorrer em liberdade, já que respondeu ao processo solta; Rômulo Lima Ferreira, irmão de Rubens, condenado a 11 anos e oito meses de reclusão em regime fechado por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele também poderá recorrer em liberdade; Leandro da Silva Malizia, condenado a 11 anos e dois meses de prisão por ocultação de patrimônio, incluindo depósitos em espécie que somaram mais de R$ 260 mil sem justificativa legal; Paula Eduarda Rocha Andrade, esposa de Leandro, condenada a 10 anos de prisão. Ambos poderão recorrer em liberdade; José Félix de Jesus Filho e Daniel Carvalho da Silveira, condenados a quatro anos e seis meses de prisão cada um, em regime semiaberto, apenas pelo crime de organização criminosa. Segundo a sentença, eles tinham participação operacional no transporte das drogas. Os empresários Guildo Saturnino Uchôa, Wandemberg da Silva Uchôa e Gutemberg da Silva Uchôa foram absolvidos. A Justiça entendeu que a relação deles com Rubens era estritamente comercial, sem provas de que tivessem conhecimento das atividades ilícitas. Em relação a Manoel Antônio Vital, sogro de Rubens e pai de Ingrid, o processo foi suspenso após determinação de instauração de incidente de insanidade mental. Investigação e esquema criminoso As investigações tiveram início a partir da Operação Carga Viva – Fase II, que apurou crimes de lavagem de capitais praticados pela organização. Segundo a denúncia, Rubens Carvalho era o mentor intelectual e financeiro do esquema, coordenando o envio de drogas para estados como Rio Grande do Norte e Pará. Ainda conforme o MP-AM, Ingrid Vital era responsável por movimentar contas bancárias e ocultar a origem ilícita dos recursos. A investigação identificou milhares de depósitos em espécie de pequenos valores, estratégia usada para evitar alertas automáticos dos órgãos de controle. Apenas Rubens movimentou mais de R$ 6,8 milhões em menos de um ano. O caso ganhou força após a apreensão de um caminhão boiadeiro em Macaíba (RN), com 72 quilos de maconha escondidos em um fundo falso. Em outra ação, um caminhão registrado em nome de uma empresa ligada a Ingrid Vital foi apreendido em Ipixuna (PA), transportando cerca de uma tonelada de skunk. Segundo o Ministério Público, toda a droga apreendida pertencia à organização criminosa liderada por Rubens Carvalho de Almeida. O processo está na fase de intimação das partes sobre a sentença de primeira instância.

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/12/18/lider-de-organizacao-criminosa-e-condenado-a-28-anos-por-trafico-de-drogas-do-am-para-outros-estados.ghtml


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