Médico e enfermeiro prestam depoimento sobre erro na aplicação de adrenalina que matou Benício em Manaus
01/12/2025
(Foto: Reprodução) Caso Benício: Médico e enfermeiro prestam depoimento
A Polícia Civil do Amazonas ouviu nesta segunda-feira (1º) dois profissionais de saúde que estavam no plantão durante o atendimento de Benício Xavier, de 6 anos, que morreu após receber uma dose incorreta de adrenalina na veia em um hospital particular de Manaus, no dia 23 de novembro.
O primeiro a prestar depoimento foi o médico Henryko Garcia de Carvalho Queiroz, coordenador do pronto atendimento pediátrico do Hospital Santa Júlia.
Ele confirmou à polícia a troca de mensagens com a médica Juliana Brasil Santos, responsável pela prescrição da adrenalina que levou à morte da criança.
Em um dos trechos, a médica admite o erro. O médico também orientou a profissional a monitorar os batimentos cardíacos de Benício com eletrodos durante o atendimento.
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Em seguida, o enfermeiro Tairo Neves Maciel, supervisor dos técnicos de enfermagem no dia da ocorrência, prestou depoimento.
Segundo a polícia, ele confirmou a versão da enfermeira que afirmou ter ficado sozinha na assistência à criança, contrariando o relato da médica de que não teria socorrido Benício diretamente na sala vermelha.
A defesa dos profissionais de saúde ouvidos nesta segunda-feira (1º) não foi localizada pelo g1 para comentar o caso até a última atualização desta reportagem.
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A médica Juliana Brasil e a técnica de enfermagem Raiza Bentes prestaram depoimentos na última sexta-feira (29). Uma acareação entre as duas profissionais deve ser realizada ainda nesta semana para confrontar informações e esclarecer dúvidas sobre o atendimento.
O delegado Marcelo Martins informou que outros profissionais envolvidos também serão chamados para prestar depoimentos nas próximas oitivas.
Benício morreu após receber uma dose incorreta de adrenalina por via intravenosa. O caso denunciado pelos pais é investigado como homicídio doloso qualificado.
Médico e enfermeiro prestam depoimento sobre morte de Benício Xavier em hospital de Manaus.
Rede Amazônica