Perito da Polícia Civil solto após prisão em operação teve dados usados por criminosos, diz Ministério Público

  • 30/07/2025
(Foto: Reprodução)
Armas apreendidas durante operação que investiga milícia em Manaus O perito da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) preso temporariamente na Operação Militia, na terça-feira (29), foi solto após a investigação apontar que dados eletrônicos dele foram usados indevidamente pelo grupo criminoso alvo da ação. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM). A Operação Militia, deflagrada pelo MPAM, prendeu policiais militares em Manaus suspeitos de integrarem uma milicia responsável por extorsões e roubos na capital. Foram apreendidas armas, munições e cerca de R$ 11 mil em espécie. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp De acordo com o MPAM, o policial civil foi solto horas após ser alvo de um mandado de prisão temporária, que teve o objetivo de isolar o perito dos demais alvos de prisão para esclarecer movimentações financeiras ilícitas que estavam vinculados a conta bancária do agente. "Desde o início, o Ministério Público considerou a hipótese de eventual inocorrência de dolo ou isenção por parte do perito e adotou todas as cautelas necessárias à preservação de sua imagem funcional. A medida teve, assim, natureza instrumental e foi empregada com a finalidade de resguardar a investigação contra vazamentos de informação", diz um trecho da nota emitida pelo MP A instituição ainda destaca que o servidor colaborou a todo momento com os questionamentos feitos, deixando claro aos investigadores que o perito não integrava o grupo criminoso. "Por essa razão, o perito foi liberado ainda no início da tarde do mesmo dia, após contribuir ativamente para o avanço das investigações, reafirmando seu compromisso com a legalidade, a ética e a missão institucional da Polícia Judiciária" conclui a nota. Operação Militia Ação foi deflagrada em Manaus na manhã desta terça-feira (29). Karla Melo/Rede Amazônica A operação cumpriu nove mandados de prisão, sendo oito de prisão preventiva contra policiais militares - quatro integrantes da Força Tática e um tenente - e um de prisão temporária contra um perito da Polícia Civil. A milícia tinha como alvo pessoas envolvidas com atividades criminosas e familiares de envolvidos. O objetivo era obter vantagem econômica e roubar pertences, como joias e itens de valor. Os investigadores continuam trabalhando para rastrear o dinheiro e os objetos roubados, bem como apurar a rota desses pertences para localizar novos envolvidos e ressarcir as vítimas. O comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Klinger Paiva, afirmou que a polícia não compactua com os crimes cometidos pelos agentes e que a PM está à disposição dos órgãos de fiscalização e controle. "A Polícia Militar recebe com muita seriedade. Nós acreditamos que esses policiais que estão envolvidos nessa investigação, nesses crimes, eles não representam os mais de 8.500 policiais que estão na rua, que têm um compromisso com a sociedade de proteger e servir", disse. Os oito policiais militares estão à disposição da Justiça irão passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (30). Além das prisões, foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensões que aprenderam itens como armas e dinheiro. Confira abaixo: 14 pistolas um revólver três fuzis um fuzil de airsoft 653 munições 14 celulares três veículos R$ 10.695 em espécie Abordagem suspeita deu início a investigação O promotor Armando Gurgel Maia revelou que as investigações iniciaram após um caso registrado em fevereiro deste ano. Na ocasião, um grupo de pessoas paramentadas com coletes, balaclavas e armamentos longos, foram flagrados retirando um homem de um carro no bairro Manoa, Zona Norte de Manaus. "A vítima foi sacada do carro e dai em diante ela sumiu, ficando um bom tempo, até o final da tarde, quando ela foi liberada e encontrada por uma equipe da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) no bairro Santa Etelvina", explicou. Durante as investigações, os agentes de segurança conseguiram localizar um casal, vítima de uma abordagem semelhante. Os criminosos extorquiram cerca de R$ 300 mil do casal. "A partir desses dois fatos fomos fazendo os levantamentos e identificações de alguns desses envolvidos". LEIA TAMBÉM: Amazonas tem maior número de mortes de crianças indígenas pelo 2º ano seguido, aponta Cimi VÍDEO: Ônibus vai parar em cima de picape capotada após colisão na Zona Oeste de Manaus Milícia com policiais civis e militares é presa em operação do MPAM em Manaus

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/07/30/perito-da-policia-civil-solto-apos-prisao-em-operacao-teve-dados-usados-por-criminosos-diz-ministerio-publico.ghtml


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